Desde quando você se foi

Abri os olhos, a luz da aurora invadia meu quarto, como se fosse bem vinda a está doentia habitação. Os raios solares me segavam, só existia uma explicação para o curioso fato da minha agonia a claridade; provavelmente isso era decorrente, de eu passar a maior parte do tempo sentada na poltrona de couro barato,aonde eu pagava todos meus pecados antecipadamente, para não acumular juros no fim do mês, mais conhecido com "Escritório de trabalho".
Enxaguei o rosto com água fria, um choque elétrico para O Despertar. O café frio e amargo da noite de insonia passada ainda estava na cafeteira. O pão velho e murcho, estava sobre a mesa. A algum tempo eu já havia substituído esse saudável e alegre café da manhã, por um cigarro.
Estava sobre a bancada, peguei-o ente os dedos, acendi a chama da angustia.
Sentei-me no sofá, a Tv estava ligada, no mesmo canal, contando as mesmas trágicas noticias. No chão perto da porta uma pilha de jornais, qual seria o de hoje? Afinal, que dia é hoje? Eu não sei.
Desde quando você se foi, estes moveis vem-se acumulando de poeira, tentando encobrir a vergonha de admitir a falta que você me faz. Os lençóis da sua ultima noite aqui, ainda estão na cama, assim como suas roupas sujas, que nunca serão lavadas, pois o seu perfume me faz bem.
Levantou, amarou o cardaço, 7 passos e fechou a porta, fechou a porta e jogou a chave fora, como quem nunca mais irá voltar.
Uma triste manhã de setembro, a bria fria daquele dia entrou pela janela que eu costumava deixar aberta, aberta porque o sol nos acordava aos dias de Domingo.Nos despertava para a realidade, que modéstia a parte, era bem melhor que um sonho. Está com você sempre foi melhor, que qualquer outa coisa.
Receio no entanto que já estou atrasada, e não posso perder tempo apenas relembrando uma historia tão monótoma.
Devo pegar o trem, sentar ao lado de um estranho qualquer, sorrir simpaticamente, e fingir que está tudo bem. Descer na mesma estação, lotada por milhares de corpos, e perceber que é inútil procurar por você.
Encara a mesma e análoga rotina, e apenas tentar sobreviver.